Inhotim e afins

O texto de hoje será sobre Inhotim, será um texto bem grande (o que eu gosto) contando minha visita, as situações e meus desenhos.

OBS: Esse texto conterá tanto a galeria escolhida e os desenhos quanto meu relato pessoal no lugar.




O texto será divido por áreas: o lugar é gigante eu não explorei nem um quinto do local (o que pode ser considerado bom, pois seria um incentivo para o meu retorno). Assim, citarei cada local visitado e falarei tudo que fiz por lá.

       Link para melhor visualização do mapa


.Grupo composto por: [Henrique de Sales, Deivid Sales, Lucas Prudente, Milena Lisboa, Clara dos Santos, Isabelle Devilla, Davi Nunes, Marco Antônio Mota, Maria Eduarda Pereira]


.Estacionamento

 Essa parte será breve, pois é apenas uma contextualização sobre essa visita. 
 No dia 27/04, toda minha turma de AIA saiu em excursão para Inhotim, no qual deveríamos visitar uma galeria, fazer uma análise e depois comentar em grupo com os professores. Meu grupo havia escolhido a Galeria Claudia Andujar (comentarei mais abaixo) como galeria de estudo e eu não sabia o que tinha lá dentro, já que não participei da escolha, então foi uma grande surpresa.

.Galeria Claudia Andujar
 
 Como eu disse anteriormente, essa foi a galeria de escolha do meu grupo e está localizada bem distante da entrada (G23). Essa galeria tem como tema principal o povo Yanomami e contém um ensaio sobre esse povo e seus costumes, com fotografias tiradas pela jornalista e sendo dividida em três setores: A Terra, O Homem e O Conflito.




A atividade proposta pelos professores foi uma análise do lugar sem o conhecimento das bulas explicativas e, após analisar a obra, ler essas bulas e ver como a obra muda de sentido após esse conhecimento.

Por eu não saber da origem da galeria eu analisei a obra de um jeito leve, vendo as fotografias, tentando entender o contexto, o local e o entorno, porém ao saber que se tratava de uma exposição sobre os Yanomami, o peso foi totalmente diferente. No início do ano foi revelada as condições sub humanas nas quais se encontravam e isso alterou completamente a percepção da obra para mim. 

A galeria por fora comunicava bastante com a temática, já por dentro ela não se comunicava tanto, sendo um cubo branco com as obras penduradas. A disposição dos quadros vai dialogar muito entre si, separando os setores e dando uma linha coesa de sentido.

Foi pedido também dois desenhos de observação, um externo e um interno.
Segue os desenhos respectivamente:




Após isso, meu grupo foi em direção à área central para um reunião com os outros colegas e os professores. 

.Galeria Miguel Rio Branco 

 


 No caminho de retorno para o local de encontro nós passamos pela galeria Miguel Rio Branco (G16) e decidimos entrar para uma vista rápida.
 Essa exposição é para maiores de 18 anos e contém imagens de pessoas peladas, essa galeria é bem mais imersiva, tendo imagens em movimento e sons para te colocar dentro da obra. A ideia proposta era apresentar uma mistura de sensualidade e da realidade brasileira.
 Um ponto a ser ressaltado é que os dois andares não serem conectados quebra um pouco a experiência da obra.

.Tamboril 

 No mapa o Tamboril está localizado como B1, foi lá que fizemos a reunião com os outros grupos e os professores e comentamos sobre as outras galerias visitadas. 
 A fim de deixar o texto mais sucintos irei resumir a conversa. 
 Durante essa conversas foi discutido sobre como as obras dialogavam com o entorno e se sua ideia proposta era a que era passada, discutindo se a intensão do autor fora passada corretamente ou se foi distorcida quando posta em prática. Também foi discutido como a arquitetura externa e interna interferia na obra e com o ambiente ao redor, além de se comentar sobre cada grupo e qual obra foi visitada por eles.

.Milk-Shake e anedotas

 
Se você está se perguntando o porquê da foto inicial do post ser um milk-shake rosa esse é o momento em que tudo será explicado. Nossa reunião acabou por volta de 13:30 e a última vez que eu tinha me alimentado foi dentro do ônibus no caminho de volta, assim, quando o encontro terminou e nós ficamos livres para andar pela galeria até às 16 horas eu fui direto para o primeiro quiosque perto e pedi a primeira coisa que meus olhos avistaram: um milk-shake de morango. 
 O milk-shake chegou e eu devorei ele em doze segundos porque estava morto de fome. O gosto dele era até bom, já que eles usaram morando de verdade e essas outras frescuras, mas estava sem quase nenhum açúcar, coisa que não gostei e no fim achei o milk-shake mediano, o problema foi que na hora de pagar eu decidi olhar o preço e 400ml custavam VINTE REAIS
 
Essa história em nada tem a ver com a visita, mas eu precisava desabafar por ter pago esse preço em um milk-shake mediano.

.Galeria Cildo Meireles e adolescentes.

 


Após o desastre financeiro que foi o milk-shake, seguimos (eu e mais algumas pessoas) para a famosa "exposição" da sala vermelha, que fica na galeria Cildo Meireles (G5). Essa galeria possui três obras: O quarto vermelho, a sala das bolas e a sala dos vidros.

 Antes de ir para Inhotim eu não sabia que essa galeria continha mais de um espaço, no caso eu supunha que existia apenas essa sala vermelha. Sendo uma sala quase inteiramente contemplativa, exceto pela geladeira, essa sala contém duas histórias: a da sala e a por trás da sala. Cildo Meireles quando cria essa sala e a chama de Desvio para o vermelho tem como objetivo brincar com o monocromático e a quebra de expectativa.
 Estar nessa obra foi uma experiência muito encantadora e que eu recomendo ser feita sozinha, não entrarei mais em detalhes sobre esse local já que eu encorajo você leitor a visitá-lo (de preferência sozinho).

 Saindo dessa sala aconteceu uma coisa peculiar e que eu gostaria de discutir: como o imprevisto pode afetar, positiva ou negativamente, a obra, sendo nesse caso de forma negativa. Ao sair da exposição eu e meu grupo demos de cara com um grupo de adolescentes, coisa que não seria um problema caso eles estivessem querendo ver as exposições, mas eles pareciam mais interessados em querer "zoar" do que tentar entender a obra.


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