Finalística, Causalística e Programática

Se você tem acessado meu blog com frequência, viu que meu último post foi bem mais sucinto que o meu padrão de escrita (Crítica.gif). Você também viu que caso eu gostasse do estilo do texto manteria ele, a questão é: eu odiei, apesar de poupar bastante tempo. Eu gosto muito de trazer outros assuntos, fazer referências e enrolar bastante na hora da escrita mesmo que eu demore três dias para escrever o texto. Dito isso, sigamos para o assunto de hoje.

Na última aula de AIA, no dia 10/04, lemos o texto Nossa Programa do Flusser, no qual será discutido como a humanidade se relaciona coma natureza e o três tipos de visões do mundo que podemos ter. No entanto, o post de hoje não será sobre o texto, mas sim sobre o meu entendimento das formas: finalística, causalística e programática e como tais formas se relacionam com a dinâmica feita em aula.

O texto de hoje seguirá um modelo simples: começarei falando de cada forma individualmente com exemplos da dinâmica e depois farei um breve comentário sobre as três como um todo.

.Finalística 
 
 
A forma finalística é muito comum nas ciências da natureza, essa se baseia na ideia que existe um final fixo e que o resto é apenas uma caminhada para se chegar a um final. Ao soltarmos uma laranja, saberemos que ela cairá no chão e todo o trajeto dela é só uma caminho para se chegar o conhecido final. Essa forma limita os rumos para o mesmo ponto sempre, servindo como uma linha fixa.
 A dinâmica que se relaciona com essa forma foi a primeira, na qual todos os alunos estavam alinhados em fila indiana e quando a professora batia uma palma, a pessoa mais alta se movimentava para a direita e a mais baixa para a esquerda, independente do número de palmas o resultado seria o mesmo: o mais alto na direita e o mais baixo na esquerda.

.Causalística

 A forma causalística se baseia na ideia de que tudo possui uma causa anterior e toda causa possui sua consequência, esse modelo, diferente da anterior, abre espaço para diferenças no final, no entanto, ainda limita a quantidade de possibilidade possíveis. Uma laranjeira adulta tem sua causa na semente, que é plantada e dará origem à arvore, a árvore poderá não ser exatamente igual todas as vezes que for plantada, mas ainda sim será uma árvore. Essa forma abre espaço para interpretações, mas ainda restritas a uma linha lógica.
 A dinâmica que se relaciona com isso é a do círculo, no qual ao ser tocado em alguma parte do corpo, você poderia transmitir a informação tocando em outra pessoa de forma horizontal (tocar mesmo lugar) ou de forma diagonal (tocando o ponto oposto), apesar de o resultado ser sempre diferente, ainda se restringe a um número finitos de realidades, como o exemplo da semente, que mesmo podendo surgir uma árvore diferente, ainda será uma laranjeira no final das contas.

.Programática

 A forma programática é o caos, o acaso e o imprevisível. Diferente das outras duas, nunca se sabe o que esperar e nunca se sabe qual será o final. Não pense que não existem regras, pois existem, mas os resultados não podem ser previstos e cada final é um final, geralmente tendem a abstração.
 A dinâmica que se relaciona é parecida com a segunda, mas ao invés de um círculo fechado as pessoas andavam de forma livre, podendo parar aonde quiser e tocando a pessoa de sua escolha. Tal dinâmica trouxe um resultado imprevisível todas às vezes que foi testado.


Ao analisar as três, vemos diferentes formas com diferentes jeitos de se experimentar uma obra. Não existe melhor ou pior (isso não está sendo debatido) nessa situação, existem três maneiras de se ver a realidade e qual delas você irá preferir cabe exclusivamente a você.

Muito obrigado por lerem meu texto e uma boa noite a todas as pessoas que acessaram meu blog.



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